Proj-logo

Arquivo Pessoa

OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
pdf
António Mora

Com esta obra fecha o primeiro dia do neo-paganismo.

Com esta obra fecha o primeiro dia do neopaganismo. Ele tem a sua aurora em Caeiro, luz ainda débil, mas o dia já. O seu pleno dia rasga-se, com Ricardo Reis, onde a forma se ajunta à ideia, e a proporção esculpe a essência.

Neste opúsculo represento a tarde desse Dia Novo. De onde eu estou, porque é mais tarde, o dia pode ver-se qual foi.

Nesta obra levo já o paganismo até à crítica de Cristo. Aqui já não só explico como contraponho. Sempre que ataco, mostro porque ataco. O que tenho de destrutivo tem a base construtiva, onde assenta. Do modo como afirmo, e do como nego verá o leitor que me tenha acompanhado.

Em R. Reis há já uma plena consciência, essencial como formal, da obra e do crítico.

De mim não falo porque não sou artista; porque já disse o que devo e porque o que não disse, a obra dirá por mim.

s.d.

Pessoa por Conhecer - Textos para um Novo Mapa . Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990.

 - 384.

Prefácio a Caeiro.