TRATADO DE LUTA LIVRE
Carlos Otto
TRATADO DE LUTA LIVRE
Método Yvetot.
Pane I - Golpes simples - ataque e defesa.
Parte II - Golpes combinados - ataque e defesa.
Método Yvetot.
frontispício: foto. de Yvetot.
pág. 1. foto. de Carlos Otto.
fotog[rafias] ilustrando a obra:
Carlos Otto e Georges Barrère.
Luta.
3 maneiras de aplicar uma rasteira:
(1) em baixo, perto do pé.
(2) a meio (barriga) da perna.
(3) ao [meio] oposto ao joelho.
Notas
(1) deve haver cuidado em aplicar, visto ser a defesa muito fácil - a saber: levantar o adversário o pé, passando o golpe por baixo, em falso.
Há 3 modos de se defender de uma rasteira: -
(1) levantando a perna, para que a perna do adversário passe em falso.
(2) resistindo à rasteira (depois se dirão os métodos).
(3) ajudando-a em aparência, mas, como no j[iu]-j[itsu], servindo-se d'ela para d'ela se defender.
3 géneros de golpe de perna: -
(1) a rasteira, i[sto] é. pancada com a perna para fazer cair.
(2) a prisão (dita, inferior) para com impulso dos braços fazer cair.
(3) a rasteira fixa, misto de «prisão inferior» e de rasteira propriamente dita, consistindo em, com a perna, prender, em gancho, etc., ajudando o movimento abatedor dos braços (na prisão inferior não se dá esta ajuda pois a perna está fixa; e, na rasteira simples, o adversário é atirado ao chão simplesmente pela acção da perna e não com os braços.)
A rasteira pode ser:
(1) frontal (anterior - dada na parte de diante da perna).
(2) lateral, [dada] no lado.
(3) posterior [dada] na parte de trás.
Com o pé empregam-se 3 golpes
(1) o pontapé
(2) a savate (incluindo o «coice»).
(3) a (…) (compreendendo a rasteira).
A rasteira pode ser dada:
(1) de fora para dentro.
(2) de dentro para fora.
(3) (...)
Qualquer golpe na luta tem por fim
(1) ferir, agredir o adversário.
(2) repelir o adversário.
(3) dominar o adversário.
e[xempli] g[rafia] com o pé (1) o pontapé.
(2) a savate.
(3) a rasteira.
No 1.º caso, que tanto pode ser atacando como em defesa própria, há o fim de maltratar o adversário. No 2.º também se maltrata mas aí o fim é evitar, maltratando-o, que ele nos maltrate. O 1.º é propriamente um ataque, ainda que se empregue como defesa; o 2.º é propriamente um método de defesa, ainda que o usemos para ataque. - No 3.º caso trata-se de ou defendendo-se impedir o adversário de fazer mal, sem lhe fazer nenhum, ou, atacando-o, colocá-lo de modo que ele se não possa defender, sem propriamente em ambos os casos ter propósito de de qualquer forma o maltratar.
Pessoa por Conhecer - Textos para um Novo Mapa . Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990.
- 183.


![[Fundação Calouste Gulbenkian]](http://s.arquivopessoa.net/images/fcg-logo-mini.png?1331495077)
![[CCDR-LVT]](http://s.arquivopessoa.net/images/ccdrlvt-logo-mini.png?1331495077)
![[PORLVT]](http://s.arquivopessoa.net/images/porlvt-logo-mini.png?1331495077)
![[FEDER]](http://s.arquivopessoa.net/images/feder-logo-mini.png?1331495077)
![[DGLB]](http://s.arquivopessoa.net/images/dglb-logo-mini.png?1331495077)
![[Ministério da Cultura]](http://s.arquivopessoa.net/images/mc-logo-mini.png?1331495077)
![[Fundação Luso-Brasileira]](http://s.arquivopessoa.net/images/flb-logo-mini.png?1331495077)
![[Assírio e Alvim]](http://s.arquivopessoa.net/images/assirio-logo-mini.png?1331495077)
![[Instituto de Estudos sobre o Modernismo]](http://s.arquivopessoa.net/images/iemo.png?1331495077)
![[Obra Aberta]](http://s.arquivopessoa.net/images/oa-logo-mini.png?1331495077)
![[Arte Numérica]](http://s.arquivopessoa.net/images/an-logo-mini.png?1331495077)
![[Intraneia]](http://s.arquivopessoa.net/images/intraneia-logo-mini.png?1331495077)