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OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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António Mora

Na ponta de cada baioneta luzem os olhos de Kant,

Na ponta de cada baioneta luzem os olhos de Kant,

Hegel é disparado das goelas de cada canhão

E as grandes hostes calmas avançando para a morte são Goethe

Que está ali múltiplo tornado todo o seu povo.

O próprio Heine vem, sorrindo à morte nas trincheiras,

Porque por detrás de todos com a Força [?], e adiante de todos com a couraça

Toda a filosofia, toda a poesia, toda a música da Alemanha,

Batem-se, fundidas em balas, raivam luzindo em espadas,

Escancaram-se em fogo na viva muralha dos canhões.

s.d.

Pessoa por Conhecer - Textos para um Novo Mapa . Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990.

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