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Arquivo Pessoa

OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Fernando Pessoa

Filho das trevas,

Filho das trevas,

Não fites a luz

Ai de ti, se te elevas,

Tu apenas te elevas

Aos braços de uma cruz.

Filho das trevas!

Filho da noite,

A manhã não se afoite

Nunca, nunca se afoite.

Toda a esperança é vã,

Filho da noite!

s.d.

Fausto - Tragédia Subjectiva. Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988.

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