1. Em como não há responsáveis por esta guerra.
1. Em como não há responsáveis por esta guerra.
2. Em como esta guerra não é nem uma guerra de culturas, nem uma guerra política, nem uma guerra comercial.
3. Em como esta guerra é a continuação do estado anterior da política europeia, e só a não viam os estadistas que não mereciam sê-lo.
4. Em como esta guerra, não por ser uma guerra, mas por ser a espécie de guerra que é, implica a falência do cristianismo.
5. Os precedentes morais da guerra, e a decadência da civilização ocidental.
6. O Regresso dos Deuses.
7. Última carta.
(a) Demonstração em como a teoria alemã da guerra não é senão a teoria da guerra como guerra e não da guerra como paz. Onde estão os verdadeiros erros dos alemães: (1) em não ter levado mais longe a sua aplicação da teoria, e (2) em não ter condimentado com diplomacia a sua força, entrando na espinhosa tarefa dos torpedeamentos de navios neutrais. Não me queixo das crueldades praticadas sobre não-combatentes, mas das disparatadas peripécias com neutrais.
(b) Demonstração em como as crueldades alemãs não são tantas como se indica, ???
(c) Demonstração em como os outros países em beligerância com os Impérios Centrais são tão cruéis como os soldados d'estes, quando a ocasião se proporciona.
(d) Os casos do Transvaal, a França na África.
(e) A diplomacia dos aliados e a sua analogia com o lado antipático da diplomacia alemã; a diferença está apenas na sua maior habilidade.
(f) O pouco escrúpulo que as grandes nações aliadas tiveram sempre para com os chamados direitos das nações pequenas, e a pouca garantia que uma vitória anglo-franco-russa trará para todas as nações pequenas, excepto as que imediatamente entrassem na guerra, e mesmo para essas...
(g) see other notes.
Pessoa Inédito. Fernando Pessoa. (Orientação, coordenação e prefácio de Teresa Rita Lopes). Lisboa: Livros Horizonte, 1993.
- 158.«O Templo de Jano».