Fernando Pessoa
Li vaga — inerte — e sonhadoramente li
Li vaga — inerte — e sonhadoramente li
Compreendendo mais do que havia
Em frase (...)
Fechei tremendo, os livros, e sentindo
Como que de detrás da consciência,
Negrume transcendendo o que de horror
(...)
Desde então o constante persistir
Do mistério em minha alma não me deixa
Quieto o espírito, por meditar
Que seja, meditando sempre.
s.d.
Fausto - Tragédia Subjectiva . Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988.
- 8.