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OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Fernando Pessoa

Quarta: D. JOÃO, INFANTE DE PORTUGAL

        Quarta

 

        D. JOÃO

        INFANTE DE PORTUGAL

 

Não fui alguém. Minha alma estava estreita

Entre tão grandes almas minhas pares,

Inutilmente eleita,

Virgemmente parada;

 

Porque é do português, pai de amplos mares,

Querer, poder só isto:

O inteiro mar, ou a orla vã desfeita —

O todo, ou o seu nada.

28-3-1930

Mensagem. Fernando Pessoa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1934 (Lisboa: Ática, 10ª ed. 1972).

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