Fernando Pessoa
Oca de conter-me
Oca de conter-me
Como a hora dói!
Pérfida de ter-me
Como me destrói
O meu ser inerme!
Ó meu ser sombrio!
Ó minha alma tal
Como se p'Io rio
Do meu ser igual
Sempre a mim, e frio
De nocturno e meu,
Passasse, cantando,
Uma louca, olhando
Dum barco prò brando
Silêncio do céu.
4-5-1914
Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa. (Direcção, recolha e notas de Maria do Rosário Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno.) Lisboa: Ática, 1973 (4ª ed. 1993).
- 27.


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