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OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Fernando Pessoa

Ah que nunca a verdade definida

Ah que nunca a verdade definida

Mate a alma, que vive de não tê-la!

Talvez que nunca, ó negra sperança linda!,

A alma encontre o horror definitivo

Da verdade absoluta, onde se acabe

Que ser, que ter, que procurar.

Cada Deus seja falso e, onde é, supremo;

Sol centro dum sistema de verdades

E sistemas solares de ilusão

No espaço da verdade sem limite

E sem definição — inexistente

Para quanto é o sujeito.

s.d.

Fausto - Tragédia Subjectiva. Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988.

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