Álvaro de Campos
Não sei quem foi a mulher que teve o descaramento de ser amada…
Não sei quem foi a mulher que teve o descaramento de ser amada pelo meu mestre Caeiro. Não quero saber, com quanto sou. Fosse quem fosse ou fingisse, desprezo-a do alto de quem sou e em nome do universo. Que ela fique sempre anónima, até para si mesma. Que «arre» lhe seja o passaporte e o que faltar lhe ponha o visto. Desista! Não merece mais que o Disparate! Apague-se à borracha o que se não chegou a ler.
11-7-1930
Pessoa por Conhecer - Textos para um Novo Mapa . Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990.
- 424.


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