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OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Álvaro de Campos

Abram falência à nossa vitalidade!

Abram falência à nossa vitalidade!

Escrevemos versos, cantamos as coisas-falências; não as vivemos.

Como poder viver todas as vidas e todas as épocas

E todas as formas da forma

E todos os gestos do gesto?

O que é fazer versos senão confessar que a vida não basta

O que é arte senão uma esperança que não é ninguém

Adeus, Walt, adeus!

Adeus até ao indefinido do para além do Fim.

Espera-me, se aí se pode esperar,

Quando parte o último comboio?

Quando parte? (Quando partimos)

s.d.

«Saudação a Walt Whitman». Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993.

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