Fernando Pessoa
Sim, tudo é certo logo que o não seja,
Sim, tudo é certo logo que o não seja,
Amar, teimar, verificar, descrer —
Quem me dera um sossego à beira-ser
Como o que à beira-mar o olhar deseja.
20-1-1929
Poesias Inéditas (1919-1930). Fernando Pessoa. (Nota prévia de Vitorino Nemésio e notas de Jorge Nemésio.) Lisboa: Ática, 1956 (imp. 1990).
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