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OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Ricardo Reis

No grande espaço de não haver nada

No grande espaço de não haver nada

Que a noite finge, brilham mal os astros.

        Não há lua, e ainda bem.

Neste momento, Lídia, considero

Tudo, e um frio que não há me entra

        Na alma. Não existes.

s.d.

Poemas de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994.

 - 193.