IDEALISMO [Objectivo, Subjectivo, Transcendental]
IDEALISMO:
Objectivo ex.: Leibnitz.
Subjectivo: Berkeley.
Transcendental.
O que é característico no Id[ealismo] não é tanto o querer‑se procurar fora da matéria uma causa da causa do universo. Para o idealista o que importa é procurar uma explicação do universo que seja também uma expl[icação] do valor moral da [vida] humana.
Para o I[dealismo] O[bjectivo] o que é de real no univ[erso] é qualquer coisa idêntica a uma coisa do espírito, e.g. Mónada. Leibnitz.
Para o I[dealismo] S[ubjectivo] tipo sistema de Berkeley. Para Berkeley o mundo é o conjunto das nossas sensações.
I[dealismo] Transcendental. Para Kant a realidade é o que conhecemos, é matéria dada pela sensação. Forma imprimida pelo espírito
O conceito é por um lado uma conclusão que o entendimento tira, unidade extraída pelo entendimento da multiplicidade das sensações.
A ideia de Espaço, de Tempo para Kant uma forma a priori.
Há na razão alguma coisa superior ao entendimento. I[dealismo] T[ranscendental] é uma transição entre o Idealismo Objectivo e o I[dealismo] Su[bjectivo].
Realismo: Dualista: Descartes, Aristóteles.
Monista: Spinoza.
[...]
A matéria só vale tanto quanto é explicada pelo espiritual.
Materialismo: tudo matéria ou forma da matéria.
Quando Descartes achou substância corpórea extensa e espiritual.
Nada existe senão um ser que tem duas formas como extensa e pensante.
Problema moral: 2 meios de resolver este problema. Moral é heterónoma ou autónoma.
Moral:
Heterónoma:
Religiosa
Política
Autónoma:
Imanente:
Subjectiva
Objectiva:
Individualista
Colectivista
Transcendente:
Intelectualista — Sócrates, Platão
Voluntarista — Kant, Shopenhauer
Se procurarmos [?] regrar nossa acção em autoridade externa — seja vontade social — Deus — heterónoma.
Procura‑se às vezes um princípio inerente à natureza humana imanente ou idêntico a qualquer outra faculdade para comunicação com alguma coisa transcendente. [...]
O homem não pode conhecer o bem e praticar o mal. Sócrates e Platão. A verdade (Sócrates) é ciência. O mal é uma ignorância ou um erro.
Há ideias puras e há ideias cheias dum elemento sentimental visto sentirmos certa intelecheia — ser vivo. Se assim é não devia haver ninguém mau. Por ex. um soldado atraiçoa sua pátria. Se lhe dissessem que o não fizesse, deixaria de o fazer?
Não. Mas precisa desenvolver‑lhe a vontade.
Há precisão de alguma coisa não volúvel.
Imperativo categórico da razão prática.
Conformidade da acção com o acto universal. (Kant). Faz o bem pelo bem.
Schopenhauer. A vontade é a única coisa que pode aproximar‑se do Bem Absoluto. É tanto mais moral uma acção quanto aproxima a humanidade presente da humanidade ideal.
Textos Filosóficos . Vol. I. Fernando Pessoa. (Estabelecidos e prefaciados por António de Pina Coelho.) Lisboa: Ática, 1968 (imp. 1993).
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