Quero versos que sejam como jóias
Quero versos que sejam como jóias
Para que durem no porvir extenso
E os não macule a morte
Que em cada cousa a espreita,
Versos onde se esquece o duro e triste
Lapso curto dos dias e se volve
À antiga liberdade
Que talvez nunca houvemos.
Aqui, nestas amigas sombras postas
Longe, onde menos nos conhece a história
Lembro os que urdem, cuidados,
Seus descuidados versos.
E mais que a todos te lembrando, escrevo
Sob o vedado sol, e, te lembrando,
Bebo, imortal Horácio,
Supérfluo, à tua glória...
Poemas de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994.
- 96.


![[Fundação Calouste Gulbenkian]](http://s.arquivopessoa.net/images/fcg-logo-mini.png?1331495077)
![[CCDR-LVT]](http://s.arquivopessoa.net/images/ccdrlvt-logo-mini.png?1331495077)
![[PORLVT]](http://s.arquivopessoa.net/images/porlvt-logo-mini.png?1331495077)
![[FEDER]](http://s.arquivopessoa.net/images/feder-logo-mini.png?1331495077)
![[DGLB]](http://s.arquivopessoa.net/images/dglb-logo-mini.png?1331495077)
![[Ministério da Cultura]](http://s.arquivopessoa.net/images/mc-logo-mini.png?1331495077)
![[Fundação Luso-Brasileira]](http://s.arquivopessoa.net/images/flb-logo-mini.png?1331495077)
![[Assírio e Alvim]](http://s.arquivopessoa.net/images/assirio-logo-mini.png?1331495077)
![[Instituto de Estudos sobre o Modernismo]](http://s.arquivopessoa.net/images/iemo.png?1331495077)
![[Obra Aberta]](http://s.arquivopessoa.net/images/oa-logo-mini.png?1331495077)
![[Arte Numérica]](http://s.arquivopessoa.net/images/an-logo-mini.png?1331495077)
![[Intraneia]](http://s.arquivopessoa.net/images/intraneia-logo-mini.png?1331495077)