Uma carta visivelmente circular…
Uma carta visivelmente circular — sobretudo se for impressa ou copiografada — é o pior meio de propaganda ou de publicidade que se conhece. Evite-se, em todo o impresso de propaganda, a forma de carta. Faça-se um pequeno prospecto, um folheto diminuto; empregue-se um postal sem forma epistolar, mas não se faça uma parecença de carta, porque uma carta implica atenção ou consideração, e uma coisa impressa implica o contrário. Uma consideração geral, uma consideração às séries, não se entende. Há só um caso em que a circular impressa é aceitável: é quando anuncia ou reclama um livro, ou outra qualquer publicação. A identidade de natureza entre o objecto reclamado e a forma do reclame esbate o contra-efeito da circular.
Páginas de Pensamento Político. Vol II. Fernando Pessoa. (Introdução, organização e notas de António Quadros.) Mem Martins: Europa-América, 1986.
- 171.1ª Publ. in Revista de Comércio e Contabilidade, nº 1. Lisboa: 25-1-1926.


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