Fernando Pessoa
No fim do mundo de tudo
No fim do mundo de tudo
Há grandes montes que tem
Ainda além para além
Um grande além mago e mudo.
São paisagens escondidas
Que são o que a alma quer.
Ali ser, ali viver
Vale por vidas e vidas.
Todos nós, que aqui cansamos
A alma com a negar,
Nesse momento de sonhar
Ali somos, ali estamos.
Mas, depois, volvidos onde
Há só a vida que há
Vemos que ante nós está
Só o que vela e que esconde.
Só dormindo os horizontes
Se alargam e há a visão
Dos montes que ao fundo estão
E o saber do além dos montes [.]
19-5-1934
Mensagem - Poemas esotéricos. Fernando Pessoa. (Edição Crítica de José Augusto Seabra.) Porto: Fund. Eng. A. Almeida, 1993
- 176.


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