Fernando Pessoa
Não sei o quê desgosta
Não sei o quê desgosta
A minha alma doente.
Uma dor suposta
Dói-me realmente.
Como um barco absorto
Em se naufragar
À vista do porto
E num calmo mar,
Por meu ser me afundo,
Pra longe da vista
Durmo o incerto mundo.
26-7-1910
Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa. (Direcção, recolha e notas de Maria do Rosário Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno.) Lisboa: Ática, 1973 (4ª ed. 1993).
- 20.


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