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OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Fernando Pessoa

A Consciência de existir, a raiz

A Consciência de existir, a raiz

Do ilimitado, omnímodo mistério

Que tem tronco de Ser, folhas de vida

Flores de sentimento e sofrimento

E frutos do pensar, podres depressa.

A Consciência de existir, tormento

Primeiro e último do raciocínio

Que, porém, filho dela, a não atinge.

A Consciência de existir me esmaga

Com todo o seu mistério e a sua força

De compreendida incompreensão profunda,

Irreparavelmente circunscrita.

s.d.

Fausto - Tragédia Subjectiva. Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988.

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