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Arquivo Pessoa

OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Fernando Pessoa

Como é estranho

        Como é estranho

Não o achas?... o mar, o céu, a terra,

        ali! ali! ali!

Com realidade e exterioridade

E eu aqui, duvidando por os ver,

Estremunhado n'alma. Oh, horror, volte...

Não volte, não, não volte, a intuição

Do ser... Não volte que eu não gritaria.

Antegrito o senso do mistério.

Nem perante outro ser abria a voz

Para o mistério.

s.d.

Fausto - Tragédia Subjectiva. Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988.

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