Fernando Pessoa
Um corpo humano!
Um corpo humano!
Às vezes, eu olhando o próprio corpo
Estremecia de terror ao vê-lo
Assim na realidade, tão carnal.
Encarnação do mistério, tão próximo
Misteriosidade e transcendente
Apontar-se-(me) em mim do negro e fundo
Mistério do universo.
s.d.
Fausto - Tragédia Subjectiva. Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988.
- 104.1ª versão inc.: “Primeiro Fausto” in Poemas Dramáticos. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de Eduardo Freitas da Costa.) Lisboa: Ática, 1952 (imp.1966, p.121).