O GUARDADOR DE REBANHOS
- Estas quatro canções, escrevi-as estando doente.
- I - Eu nunca guardei rebanhos,
- II - O meu olhar é nítido como um girassol.
- III - Ao entardecer, debruçado pela janela,
- IV - Esta tarde a trovoada caiu
- IX - Sou um guardador de rebanhos.
- Rimo quando calha
- V - Há metafísica bastante em não pensar em nada.
- VI - Pensar em Deus é desobedecer a Deus,
- VII - Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo…
- VIII - Num meio-dia de fim de Primavera
- X - «Olá, guardador de rebanhos,
- XI - Aquela senhora tem um piano
- XII - Os pastores de Virgílio tocavam avenas e outras coisas
- XIII - Leve, leve, muito leve,
- XIV - Não me importo com as rimas. Raras vezes
- XIX - O luar quando bate na relva
- XL - Passa uma borboleta por diante de mim
- XLI - No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
- XLII - Passou a diligência pela estrada, e foi-se;
- XLIII - Antes o voo da ave, que passa e não deixa rasto,
- XLIV - Acordo de noite subitamente
- XLIX - Meto-me para dentro, e fecho a janela.
- XLV - Um renque de árvores lá longe, lá para a encosta.
- XLVI - Deste modo ou daquele modo,
- XLVII - Num dia excessivamente nítido,
- XLVIII - Da mais alta janela da minha casa
- XV - As quatro canções que seguem
- XVI - Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
- XVII - No meu prato que mistura de Natureza!
- XX - O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
- XXI - Se eu pudesse trincar a terra toda
- XXII - Como quem num dia de Verão abre a porta de casa
- XXIII - O meu olhar azul como o céu
- XXIV - O que nós vemos das coisas são as coisas.
- XXIX - Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
- XXV - As bolas de sabão que esta criança
- XXVI - Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
- XXVII - Só a Natureza é divina, e ela não é divina...
- XXVIII - Li hoje quase duas páginas
- XXVIII - Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
- XXX - Se quiserem que eu tenha um misticismo, está bem, tenho-o.
- XXXI - Se às vezes digo que as flores sorriem
- XXXII - Ontem à tarde um homem das cidades
- XXXIII - Pobres das flores nos canteiros dos jardins regulares.
- XXXIV - Acho tão natural que não se pense
- XXXIX - O mistério das coisas, onde está ele?
- XXXV - O luar através dos altos ramos,
- XXXVI - E há poetas que são artistas
- XXXVII - Como um grande borrão de fogo sujo
- XXXVIII - Bendito seja o mesmo sol de outras terras